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Inovação e sustentabilidade: startups portuguesas transformam o setor energético

Nos últimos anos, o setor energético em Portugal tem assistido a uma transformação significativa graças à intervenção de várias startups inovadoras. Estas novas empresas, muitas vezes guiadas por jovens empreendedores com uma visão sustentável, estão a implementar tecnologias que não só reduzem a pegada de carbono como também aumentam a eficiência energética a um nível nunca antes visto no país. Desde soluções de energia solar até avançados sistemas de monitorização de consumo, estas startups estão a definir o futuro da energia em solo lusitano.

Uma destas startups, com sede em Lisboa, desenvolveu recentemente uma tecnologia que permite transformar janelas convencionais em painéis solares transparentes. Esta inovação não só permite aproveitar a energia solar em edifícios já existentes sem comprometer a sua estética, como também pode reduzir significativamente os custos energéticos. A tecnologia está a ser testada em vários edifícios públicos da capital e os resultados preliminares mostram uma redução de 40% na fatura elétrica.

Outra empresa emergente no Porto está a revolucionar o mercado com baterias inteligentes de armazenamento de energia. Estas baterias são capazes de armazenar energia em horas de menor consumo e libertá-la nos picos, equilibrando assim a rede elétrica e minimizando apagões. A empresa tem divulgado parcerias com grandes empresas de distribuição de energia e prevê uma expansão internacional em breve.

Além disso, o setor de energias renováveis está a beneficiar da inovação trazida por empresas que estão a focar-se na energia eólica offshore. A costa portuguesa, com ventos favoráveis e constantes, apresenta um grande potencial que está a ser explorado com turbinas eólicas de nova geração. Empresas como a WindPlus estão na vanguarda desta transição, construindo parques eólicos flutuantes que podem ser instalados em águas mais profundas e com menor impacto ambiental.

No entanto, o caminho não tem sido fácil para estas startups. Desafios como a burocracia, dificuldades de financiamento e a resistência cultural a novas tecnologias são barreiras frequentes. A questão do financiamento é particularmente sensível, pois muitas destas empresas precisam de investimentos avultados para desenvolverem os seus protótipos e comercializarem os seus produtos. Apesar disso, iniciativas como a Portugal Ventures têm sido essenciais para o crescimento deste ecossistema, fornecendo capital e mentorias que ajudam estas startups a avançarem.

A sustentabilidade é outro pilar crucial para estas empresas, que não se limitam a reduzir emissões apenas através dos seus produtos. Muitas adotam políticas internas rigorosas de sustentabilidade, desde o uso de materiais reciclados até à implementação de práticas de economia circular nos seus processos produtivos. Isto não só melhora a sua imagem pública como também serve de exemplo para outras empresas e setores.

Algumas destas startups também estão a estabelecer colaborações com universidades e centros de pesquisa, criando um ciclo virtuoso de inovação e descoberta. Estes colaborações permitem que avancem rapidamente das fases de protótipos para produtos comerciais, aproveitando o conhecimento académico para resolver problemas práticos da indústria energética.

De entre estas parcerias, destaca-se uma com a Universidade de Coimbra, onde pesquisadores trabalharam em conjunto com uma startup local para desenvolver um software de gestão energética que utiliza inteligência artificial para prever e otimizar o consumo de energia nos edifícios. Esta tecnologia já está a ser implementada em vários campi universitários e promete expandir para o mercado residencial em breve.

O papel do governo português também tem sido crucial neste processo. Políticas de incentivo fiscal, subsídios à investigação e desenvolvimento, bem como linhas de crédito especialmente desenhadas para o setor energético, têm proporcionado um ambiente favorável ao surgimento e crescimento destas startups. Além disso, o governo tem apostado em planos de descarbonização e objetivos ambiciosos para a redução das emissões de CO2, o que alinhou o mercado nacional com a agenda ambiental global, criando mais oportunidades para estas empresas inovadoras.

A transformação do setor energético em Portugal pelas startups é um exemplo de como a inovação e a sustentabilidade podem caminhar de mãos dadas, criando soluções viáveis e economicamente rentáveis para os desafios ambientais que enfrentamos. Enquanto estas empresas continuarem a crescer e a evoluir, é provável que Portugal se torne um líder mundial no campo das energias renováveis e da eficiência energética, inspirando outros países a seguirem o mesmo caminho.

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