Nos últimos anos, a transformação digital tem revolucionado setores tradicionais, e a banca não é exceção. A ascensão das fintechs e a adoção de tecnologias como o blockchain estão a desafiar os modelos de crédito convencionais, oferecendo soluções mais rápidas, transparentes e acessíveis.
Este fenómeno não só está a alterar a forma como os consumidores acedem a produtos financeiros, como também está a forçar os bancos tradicionais a repensar as suas estratégias. A digitalização permitiu o aparecimento de plataformas de empréstimo entre particulares, crowdfunding e até criptomoedas como alternativas ao crédito bancário.
No entanto, esta evolução não está isenta de desafios. Questões como a proteção de dados, a segurança cibernética e a regulação destas novas formas de crédito são temas quentes no debate atual. Além disso, a literacia financeira dos consumidores torna-se crucial para que possam navegar neste novo panorama com confiança.
Por outro lado, a pandemia acelerou a necessidade de soluções digitais, com muitos consumidores a optar por serviços financeiros online pela primeira vez. Esta mudança de comportamento veio para ficar, e as instituições que não se adaptarem arriscam-se a ficar para trás.
Em Portugal, o ecossistema fintech está em crescimento, com várias startups a ganhar destaque no mercado. Estas empresas estão não só a oferecer alternativas ao crédito tradicional, como também a promover a inclusão financeira, chegando a segmentos da população antes desprezados pelos bancos.
O futuro do crédito passa, inevitavelmente, por uma maior integração entre tecnologia e serviços financeiros. A questão que se coloca é: estarão os consumidores e as instituições preparados para esta nova era?
O impacto do digital na banca tradicional e o surgimento de novos modelos de crédito
