Nos últimos anos, Portugal tem se destacado como um dos principais hubs de inovação tecnológica na Europa. Com um ecossistema vibrante que inclui incubadoras, aceleradoras e uma crescente comunidade de investidores, as startups têm encontrado terreno fértil para se desenvolverem. Um dos setores que mais tem se beneficiado desta efervescência é o mercado de seguros, que está a passar por uma verdadeira revolução digital e de inovação.
As novas tecnologias, como a inteligência artificial, big data e blockchain, estão a transformar radicalmente a forma como os seguros são adquiridos, geridos e processados. As insuretechs, startups especializadas em soluções tecnológicas para o setor de seguros, têm permitido a criação de produtos mais personalizados, eficientes e acessíveis, algo que os consumidores nunca tinham visto antes.
Uma dessas startups é a Coverflex, que oferece uma plataforma de benefícios para colaboradores que inclui seguros de saúde completamente personalizáveis e adequados às necessidades de cada utilizador. Através da utilização de tecnologia de machine learning, a Coverflex consegue analisar dados em tempo real e propor a melhor combinação de benefícios para cada perfil de colaborador.
Outro exemplo notável é a Cleverea, que utiliza a inteligência artificial para oferecer seguros on-demand. Ao contrário das seguradoras tradicionais, que oferecem pacotes fixos, a Cleverea permite ao utilizador pagar apenas pelo tempo e uso efetivo de um determinado seguro. Estas soluções são particularmente atraentes para os millennials, que procuram uma experiência de consumo mais flexível e digital.
Também na vanguarda da inovação está a Tranquilidade, um nome histórico no setor dos seguros em Portugal, que tem apostado fortemente na digitalização dos seus serviços. Recentemente, a empresa lançou uma aplicação mobile que permite aos clientes gerir todas as suas apólices, fazer pedidos de reembolso e até reportar sinistros apenas com alguns cliques. Esta iniciativa não só melhora a experiência do cliente, como também reduz significativamente o tempo de resposta e os custos operacionais da empresa.
O sucesso destas startups e iniciativas digitais não passa despercebido aos olhos dos grandes players do mercado. Grandes seguradoras como a Fidelidade e a Allianz têm vindo a estabelecer parcerias estratégicas com diversas insuretechs portuguesas, aproveitando a sua agilidade e inovação para complementar os seus próprios serviços e produtos.
Paralelamente, o governo português tem mostrado um grande apoio ao desenvolvimento do ecossistema de startups. Com programas como o Startup Portugal e o Portugal 2020, o país oferece incentivos fiscais e outros tipos de apoio financeiro às empresas inovadoras, algo que tem sido crucial para o crescimento deste setor. Além disso, a comunidade de investidores em Portugal tem-se mostrado cada vez mais disposta a financiar projetos de insuretech, reconhecendo o enorme potencial de retorno e impacto destas empresas.
O futuro do mercado de seguros em Portugal parece, portanto, estar profundamente entrelaçado com a inovação e a digitalização. As startups insuretech estão não só a revolucionar o setor, como também a redefinir as expectativas dos consumidores e a expandir o horizonte de possibilidades para todos os envolvidos. Seja através da personalização dos produtos, da eficiência operacional ou da melhoria da experiência do cliente, é certo que a revolução das startups no mercado de seguros está apenas a começar.
Assim, enquanto consumidores e empresas se adaptam a este novo paradigma, o mercado de seguros segue a dar passos largos rumo a uma era cada vez mais digital e inovadora, com Portugal a posicionar-se como um verdadeiro líder nesta transformação global.