Num mundo em que o botão da transição verde é acionado cada vez mais, é imperativo que todos os setores da economia estejam equipados para se adaptar a essa nova realidade.
Impelidas pelas restrições globais sobre emissões, as seguradoras não são exceção e têm vindo a reorientar sua atividade. A participação das seguradoras na luta contra as mudanças climáticas passa em grande parte por deixar de investir em indústrias poluentes e, em contrapartida, financiar projetos verdes.
Decrescendo gradualmente a aposta em indústrias de alto carbono como a mineração de carvão e a produção de petróleo e gás, a indústria seguradora tem vindo a reorientar carteiras de investimento para negócios sustentáveis e de baixo carbono.
Mais do que uma tendência, a adesão à sustentabilidade e responsabilidade social são uma necessidade. A atuação das seguradoras não se resume apenas à mitigação de riscos, mas também à oferta de novos produtos que respondam às exigências da economia verde.
Neste sentido, mais e mais seguradoras têm vindo a oferecer produtos e serviços ecologicamente corretos, como seguros para carros elétricos, edifícios sustentáveis e sistemas de energia renovável. Em Portugal, também temos visto uma movimentação verde no setor. As seguradoras locais têm acelerado suas ações em prol do meio ambiente, apostando em produtos sustentáveis e financiando projetos de energia limpa. Com a pressão da sociedade e do regulador, espera-se que mais produtos de seguros baseados na sustentabilidade venham a surgir no mercado.
Porém, as seguradoras não estão imunes aos desafios. Um deles é a necessidade de ajustar práticas ao cenário de transição, o que pode impor o redesenho dos tradicionais produtos de seguro. Outro desafio é a obrigação de medir e comunicar de forma clara e precisa o progresso feito na direção da sustentabilidade.
Sem dúvida, o setor segurador tem um papel fundamental na transição para uma economia mais verde. É necessário que todos os atores do mercado unam forças para garantir o cumprimento das metas globais de neutralidade carbónica e de resistência às mudanças climáticas.
Como as seguradoras estão a se adaptar à transição verde
