A pandemia deu um impulso sem precedentes ao mercado de e-commerce, alcançando inclusive o mercado imobiliário tradicionalmente mais resistente à digitalização. O já crescente interesse na propriedade digital e os investimentos em Proptech foram catapultados em 2020 e continuam a crescer em 2021.
Em Portugal, o nascimento de plataformas imobiliárias online, como a Idealista e a Imovirtual, criou novas oportunidades para compradores e vendedores. Elas mudaram substancialmente o paisagem do setor com o seu modelo de negócio digital, proporcionando uma plataforma confiável, segura e fácil de usar para as transações imobiliárias.
A confiança nessas plataformas aumentou consideravelmente desde o início da pandemia. De acordo com a Imovirtual, a sua plataforma viu um aumento de 44% no número de anúncios em 2020, e um estudo recente da Deloitte sugere que o aumento no investimento em Proptech continuará para além da pandemia.
Outro fator que contribui para a crescente digitalização do mercado imobiliário é a Lei do Uber. Aprovada em 2018, a lei permite que as empresas de tecnologia operem legalmente em Portugal. A Uber, por exemplo, já começou a experimentar com a ideia de alugueres de curto prazo em Lisboa, proporcionando um novo modelo de negócio para o setor imobiliário.
Os benefícios do e-commerce são inegáveis. Permite aos compradores pesquisar, comparar preços, visitar virtualmente e comprar casas de qualquer lugar do mundo. Mas também traz desafios, como a garantia de transações seguras, a proteção de dados pessoais e a regulação de plataformas que operam em escala global.
Ainda assim, a evolução da digitalização e do e-commerce no mercado imobiliário português é positiva. Não só oferece possibilidades sem precedentes para os consumidores e aumenta a eficiência do setor, como também abre as portas para a inovação e a disruptura contínua.