Apesar de a digitalização ter sido uma tendência nas últimas décadas em vários setores, a sua aceleração foi fortemente impulsionada pela pandemia de COVID-19. A indústria dos seguros, tradicionalmente mais lenta na adoção de tecnologia, está a passar por uma ampla transformação digital favorecida pelos recentes desenvolvimentos.
A digitalização no setor de seguros constitui um elemento em constante evolução que visa remodelar o modo como as seguradoras operam, adquirindo importância extrema para a permanência relevante e competitiva das empresas.
Uma das grandes vantagens da digitalização é a oportunidade de melhorar a experiência do cliente. Quando tudo se movimenta num clique, é essencial que as seguradoras disponibilizem plataformas intuitivas para os seus clientes realizarem cotações, comprarem apólices, solicitarem reivindicações e acessarem suporte ao cliente.
Além disso, com a adoção de tecnologias emergentes como inteligência artificial (IA), machine learning e análise de big data, as seguradoras têm a oportunidade de fazer previsões mais precisas. Isso pode levar a prêmios de seguro mais justos para os clientes e um melhor gerenciamento de riscos. Este cenário digital também abre um novo canal para a fraude. A pandemia resultou num pico de fraudes digitais, o que destaca a necessidade de as seguradoras se protegerem contra estas ameaças. A implementação de práticas de segurança digitais sólidas será crucial para que as seguradoras se mantenham competitivas no mundo online.
Há também a questão da regulamentação a ser considerada. Os reguladores de seguros estão a ter que atualizar as suas estruturas regulatórias para poder seguir o ritmo desta evolução digital.
A digitalização no setor de seguros é uma tendência inesgotável que deve continuar a crescer. No entanto, o seu impacto e implicações variam dependendo dos objetivos, estratégias e capacidades de uma empresa em particular. Ainda assim, é claro que as empresas que não se adaptam correm o risco de ficar para trás.